Pe. Juan
Carlos Casté, EP - 2012/05/09
Qual a
vantagem de se consagrar à Virgem Mãe de Deus como seu escravo de amor? Um tal
ato não tira a liberdade do homem? Não seria melhor a entrega de si ser feita
diretamente a Jesus Cristo?
Obra máxima de São Luís Maria
Grignion de Montfort, o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, em
nossa opinião, pode ser considerado o cume da mariologia de todos os tempos.
Pois, ensinando a escravidão de amor a Nosso Senhor por meio de Maria, São Luís
nos aponta o caminho perfeito para alcançarmos nosso fim último, que é a união
total com Jesus.
Uma devoção com as mais remotas origens
Essa forma de devoção não foi descoberta pelo missionário francês, falecido no começo do século XVIII. Trata- se, pelo contrário, de uma antiquíssima prática cujas origens se confundem com as da própria Igreja Católica.
Uma devoção com as mais remotas origens
Essa forma de devoção não foi descoberta pelo missionário francês, falecido no começo do século XVIII. Trata- se, pelo contrário, de uma antiquíssima prática cujas origens se confundem com as da própria Igreja Católica.
São João de Ávila, futuro Doutor da Igreja,
afirma ter ela sido praticada já por São José: "Quão rico, quão gozoso
estava o santo varão por ver- -se designado para servir a tal Filho e a tal
Mãe. [...] E quando considerava ser Ela a Mãe de Deus, ficava fora de si, de
tanta admiração, e louvava a Deus por tê-lo tomado para esposo da Virgem, e a
Ela se oferecia como escravo!".1
Na esteira do Patrono da Santa
Igreja, Santo Ildefonso de Toledo compôs, no século VII, esta belíssima oração,
lembrada por João Paulo II por ocasião de sua visita à Espanha, em de 1982:
"Sou vosso escravo, porque meu Senhor é vosso Filho. Sois minha Senhora,
porque sois a escrava de meu Senhor. Sou escravo da escrava de meu Senhor,
porque Vós fostes feita Mãe do meu Criador".2